quarta-feira, 18 de maio de 2011

Construção de prédios em Jenipabu é tema de audiência Projeto prevê condomínio dentro da Área de Proteção Ambiental da praia

Construção de prédios em Jenipabu é tema de audiência
Projeto prevê condomínio dentro da Área de Proteção Ambiental da praia


A população de Extremoz, região metropolitana da capital, vai discutir hoje com os representantes do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), do Ministério Público e da Valero Brasil Empreendimentos, a construção do condomínio Santa Rita Village, em Jenipabu. Será realizada numa audiência pública no restaurante Praia de Santa Rita para debater o impacto ambiental que os prédios podem causar à região das dunas.


APA foi criada em 1995 para proteger ecossistemas da região e teve seu conselho gestor constituído em 2006 Foto:Fábio Cortez/DN/D.A Press
O condomínio está em fase de licenciamento ambiental e prevê a construção de 984 moradias numa área de 150 mil metros quadrados entre a estrada e a Lagoa de Jenipabu. Cada apartamento custará cerca de R$ 250 mil. "Não vamos prejudicar o meio ambiente. Nossa empresa trabalha no intuito de proteger a área, e não degradá-la. Somos os únicos que tivemos coragem de investir naquela área, que atualmente é somente rota de bugueiros. Precisamos fazer com que as pessoas morem ali, que aproveitem a beleza ímpar do lugar e decidam firmar sua primeira residência", afirmou a diretora administrativa da Valero Brasil, Stefânia Figueiredo.

Segundo Stefânia, todos os estudos de impacto ambiental solicitadas pelo Idema foram feitos. "Contratamos uma consultoria local, com técnicos reconhecidos no mercado. Eles sugeriram, por exemplo, que mudássemos a posição dos blocos, de modo a facilitar a passagem dos ventos para as dunas", argumentou, salientando que o condomínio, de 15,8 hectares, cumpre as normas do Plano Diretor de Extremoz. "Serão 2.800 moradores. Respeitamos a densidade máxima permitida na legislação ambiental, que, no caso daquela área, é de até 3 mil habitantes".

Durante a audiência, é possível que segmentos da sociedade civil organizada de Jenipabu se manifestem contrários à construção do empreendimento, que fica dentro da Área de Preservação Ambiental de Jenipabu (APAJ). "Queremos que a população entenda que vamos dar as mãos com a comunidade. A chegada da iniciativa privada naquela área obriga o serviço público a providenciar melhorias, como construir escolas e melhores estradas", enfatizou Stefânia.
FONTE: DIÁRIO DE NATAL.

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