sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cotas para a rede pública nas universidades agora é lei


A lei que institui 50% das vagas nas universidades para estudantes de escolas públicas foi sancionada pela presidenta Dilma e começa avigorar no próximo ano (foto: Roberto Stuckert) A presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou na tarde desta quarta-feira, 29, a lei que institui a reserva de 50% das vagas ofertadas em instituições federais de educação superior para estudantes provenientes de escolas públicas. A lei já valerá para os próximos vestibulares das instituições e também na próxima edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação. A regulamentação, com o cronograma para a adequação das universidades à lei, está prevista para setembro.

A implantação das cotas ocorrerá de forma progressiva ao longo dos próximos quatro anos, até chegar à metade da oferta total do ensino público superior federal. Em 2013 terão de ser reservadas, pelo menos, 12,5% do número de vagas ofertadas atualmente – o que equivale a 25% do total que será reservado para ingresso por meio de cotas. A presidenta vetou o artigo 2º do projeto aprovado pelo Congresso Nacional, que instituía a média das notas dos alunos como um dos critérios para ingresso.

De acordo com a lei, cada instituição deverá preencher as cotas com autodeclarados pretos, pardos e indígenas na mesma proporção em que esses segmentos são encontrados na unidade da Federação em que se localiza a instituição, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Metade do total de cotas, o que corresponde a 25% das vagas da instituição, deve ser preenchida com estudantes vindos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita.

Enem – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, explicou em coletiva concedida no Palácio do Planalto que o ministério realizou um estudo com base no desempenho dos estudantes concluintes das redes pública e privada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O objetivo foi verificar as condições dos possíveis ingressantes provenientes da rede pública nas universidades, em relação aos das escolas privadas.

“Quando selecionamos dentro da rede pública os 150 mil melhores alunos, que correspondem ao total das cotas que teremos que implantar nos próximos quatro anos, a média é superior à do setor privado e a nota máxima é parecida”, afirmou Mercadante.

Pelos dados apresentados, os 150 mil concluintes da rede pública com melhor desempenho no Enem de 2011 tiveram uma média geral de 582,2 pontos. O total de 891.070 estudantes de escolas públicas alcançou uma média geral de 474,2 pontos. A média total dos 1.137.813 estudantes concluintes que fizeram a prova foi de 494,8 pontos. Quando se consideram apenas os 246.743 alunos da rede privada, a média sobe para 569,2 pontos.

Regulamentação – Mercadante informou que a pasta promoverá reuniões com os reitores das instituições públicas de ensino superior para definir a regulamentação e discutir outras ações. “O diferencial é que antes as universidades federais tinham liberdade para definir vagas para políticas afirmativas. Hoje existe uma lei que será uma regra. O que discutiremos será o processo para implantar as cotas”, afirmou.

Para o ministro, a sanção da lei representará um estímulo para os estudantes do ensino médio público. “Para os estudantes da rede pública, em especial o nível médio, esta lei vai representar uma grande motivação porque eles terão, até o final de quatro anos, de forma progressiva, metade das vagas nas universidades federais”, disse.


Assessoria de Comunicação Social

Acesse a Lei nº 12.711/2012



Palavras-chave: educação superior, Enem, cotas
FONTE: PORTAL DO MEC.

Escolas públicas têm prazo até o dia 3 para selecionar textos


Estudantes do quinto e do sexto anos do ensino fundamental fazem parte do público que participa da terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro (foto: João Bittar/arquivo MEC)Escolas públicas de todo o país têm prazo até 3 de setembro para selecionar os textos produzidos pelos alunos, com apoio de professores, e enviá-los à comissão julgadora municipal da terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

Uma vez encerrada a produção dos trabalhos em sala de aula, é hora de cada professor escolher o melhor texto da classe, junto com seus alunos. Durante o mês de agosto as escolas organizaram uma comissão julgadora para selecionar um texto por categoria (poema, memórias literárias, crônica, artigo de opinião). Daí em diante, o texto passa por sucessivas etapas de seleção – municipal, estadual, regional até chegar à nacional.

Cabe ao diretor da escola a formação da comissão escolar, que pode ser composta por um grupo de três a cinco avaliadores, entre professores de língua portuguesa, representantes de pais de alunos e da comunidade. Os critérios a serem seguidos pela comissão para avaliar os textos está publicado na comunidade virtual da olimpíada.

Os 500 semifinalistas participam com seus professores do Encontro Regional em uma capital brasileira. Os 152 finalistas participam com seus professores, diretores e um pai ou responsável do encontro nacional em Brasília, onde serão anunciados os 20 vencedores. Na etapa regional há também um concurso para relato de prática, destinado aos professores dos alunos semifinalistas. Uma comissão julgadora específica seleciona um relato por região.

O programa do Ministério da Educação e Fundação Itaú Social, em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), oferece formação a professores da rede pública para o ensino do idioma com o objetivo de estimular a leitura e desenvolver competência de escrita nos alunos. 
FONTE: PORTAL DO MEC.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ministro defende prioridade para a alfabetização na idade certa


Em debate promovido pela rede RBS, em Porto Alegre, Mercadante falou também sobre a necessidade de reformulação do ensino médio no país (foto: clicrbs com br)Porto Alegre — O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira, 28, que o Brasil precisa dar prioridade e reforçar a alfabetização de crianças até os oito anos de idade. Mercadante participou, em Porto Alegre, do lançamento da campanha A Educação Precisa de Respostas, promovida pelo Grupo RBS.

No período de um ano, serão produzidas matérias jornalísticas nas emissoras do grupo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. As matérias terão o propósito de alertar e conscientizar os cidadãos, fiscalizar e cobrar ações do Poder Público, estimular e valorizar ações concretas de transformação no campo da educação nos dois estados.

Durante 20 minutos, Mercadante respondeu perguntas de professores, especialistas e autoridades educacionais. Sobre a alfabetização até os oito anos, de acordo com o ministro, programa sobre a idade certa, a ser lançado pelo governo federal em setembro, já tem a adesão de todas as secretarias estaduais de Educação do país e de quatro mil municípios.

O ministro também lembrou que a reformulação do ensino médio é um grande desafio para o país. Ele destacou o papel do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nesse processo de mudança e alertou os estudantes sobre as possibilidades abertas com um bom desempenho no Enem. Entre elas, o acesso a políticas públicas do setor educacional, como o programa Ciência sem Fronteiras.

A formação de professores foi outro tema abordado no debate. O ministro salientou que 350 mil professores cursam hoje a primeira ou a segunda graduação por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid).

Assessoria de Comunicação Social


Confira a Portaria nº 867, de 4 de julho último, que institui o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

Palavras-chave: alfabetização, campanha, RBS
FONTE: PORTAL DO MEC.

Jorge Amado é tema de concurso de poemas para estudantes

Concurso visa a levar os estudantes a mergulhar no universo de Jorge Amado e a soltar a criatividade em forma de versos (imagem: TV Escola/MEC)Para homenagear o nascimento do escritor Jorge Amado, o concurso Pequenos Leitores, Futuros Poetas, da nona edição da Semana de Poesia da TV Escola, escolheu como tema a obra do autor. O baiano completaria 100 anos no último dia 10 de agosto. Estudantes de qualquer nível de ensino, de todo o Brasil, devem produzir um poema autoral, inspirado na vida e obra do escritor. A produção artística deve ser enviada eletronicamente até sexta-feira, 31.

A ideia é levar os estudantes a mergulhar no universo do autor e soltar a criatividade em forma de versos. A abordagem do tema, no poema, pode percorrer qualquer nuance da obra do autor.

Para participar, o aluno deve gravar um vídeo de até dois minutos com o poema, postá-lo no Youtube e enviar o link para o endereço eletrônico tvescola@mec.gov.br. É necessário também descrever o título do poema, o nome do professor orientador, e-mail, nome, telefone e endereço completo da escola. O vídeo pode ser uma animação, uma dramatização, um jogral, um poema cantado, declamado ou qualquer formato que a imaginação permitir.

O autor do vídeo com maior número de acessos receberá a equipe da TV Escola para uma reportagem especial, a ser exibida no quadro TV Escola na Estrada, durante a 9ª Semana de Poesia, de 22 a 26 de outubro. A equipe produtora do melhor vídeo votado pelo júri visitará os estúdios da TV Escola, no Rio de Janeiro, e participará de matéria especial sobre o universo de Jorge Amado.

Assessoria de Comunicação Social

Confira o regulamento do concurso na internet
FONTE: PORTAL DO MEC.

Direção do SINTE-RN participa de abertura da formação continuada dos gestores de escola

A coordenadora geral Fátima Cardoso participou, nesta terça-feira (28), da abertura da formação continuada dos gestores de escola. Em sua fala, a coordenadora ressaltou a importância da formação continuada e de seu caráter democrático e teórico para o desenvolvimento de práticas coletivas.
Fátima Cardoso não deixou as reivindicações de lado e cobrou o Plano de Carreira dos Funcionários e o envio à Assembleia Legislativa da lei que institui as gratificações dos diretores e vice-diretores de acordo com o porte das escolas. Ela também lembrou dos pagamentos atrasados e das promoções horizontais que o governo ainda não efetuou.
Tanto a governadora quanto a secretária de Educação que também estavam presentes ao evento, desconversam e não responderam aos questionamentos da sindicalista.
Fátima Cardoso criticou o comportamento do governo. “É muita fala e pouca ação na Educação. “A qualidade do ensino vai depender dos investimentos feitos e não adianta querer associar o baixo rendimento à greve da categoria”, finalizou.
Veja a galeria de fotos do evento aqui.
FONTE: PORTAL DO SINTE RN.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Retomada da reforma do Teônia Amaral boa notícia aos floranienses

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Secretaria de Estado da Educação esclarece que em decorrência do surgimento de serviços não contemplados na primeira planilha orçamentária, elaborada em 2009, e mediante a necessidade de reformulação do convênio com o FNDE/MEC, as escolas do Programa Brasil Profissionalizado, a exemplo das unidades Querubina Silveira, em Cerro Corá, Teônia Amaral, em Florânia, e Manoel Salustino, em Currais Novos, que estavam com reformas em execução tiveram suas obras paralisadas.

Apresentadas as novas planilhas, o aditivo foi aprovado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, em julho passado, com previsão de reinício das obras no próximo mês de setembro.

Natal, 27 de agosto de 2012

Betania Ramalho
Secretária de Estado da Educação e da Cultura 
http://www.educacao.rn.gov.br/c

Brasil e EUA discutem exames e possível intercâmbio estudantil

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), discute com representantes do College Board dos Estados Unidos as oportunidades de intercâmbio de estudantes entre os dois países. Entre outras atividades, o College Board realiza o Scholastic Assessment Test (Sat), exame que avalia competências para o ingresso na vida acadêmica. Assim como o Enem, um dos objetivos do SAT é oferecer as mesmas oportunidades de acesso a alunos de todas as origens.

Tendo como tema o acesso ao ensino superior no Brasil e nos Estados Unidos – o Enem e o Sat – o encontro busca intercâmbio de experiências e de práticas. O College Board é uma associação criada em 1900 e integrada por 6 mil instituições americanas com o objetivo de ampliar o processo de admissão de estudantes ao ensino superior.

O contato entre o Inep e o College Board começou em abril de 2012, quando o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, se reuniu, em Washington, com representantes da entidade norte-americana, durante o seminário Brazil-US Partnership for the 21st Century (Parceria Brasil-EUA para o Século 21), promovido pela câmara de comércio americana, como parte da agenda da presidenta Dilma Rousseff no país.

Realizado em mais de 170 países e aceito por praticamente todas as universidades norte-americanas, o SAT ajuda estudantes de todo o mundo em seu sonho de estudar no exterior. O SAT é feito de questões de múltipla escolha – leitura crítica e matemática – e uma redação. Cada seção tem uma escala de pontuação de 200 a 800. O exame foi aplicado pela primeira vez em 1926; hoje, o teste tem sete edições ao ano.

A diretora executiva do College Board, Judith Hegedus, está em Brasília acompanhada do diretor do SAT, Steve Kotten, e da diretora internacional Julie Linn. Também estão presentes ao evento os presidentes do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (Crub), Ricardo Motta, da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Carlos Maneschy; da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Gabriel Mário Rodrigues; o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Ferreira Lourenço, e o representante da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), Carlos Alberto P. da Silva.
FONTE: PORTAL DO MEC.

Passivo do Código Florestal cai com compensação e pecuária intensiva

O novo Código Florestal, aprovado com vetos e emendado por medida provisória pela presidente Dilma Rousseff, reduziu em cerca de 12 milhões de hectares o tamanho do passivo ambiental brasileiro - áreas desmatadas ilegalmente que precisam ser recuperadas. Pelos novos termos, sobram ainda cerca de 38 milhões de hectares (Mha) pendentes de regularização.
Mas a obrigação, que para os ruralistas é vista como algo que poderia inviabilizar a agricultura no Brasil, pode não ser tão problemática assim. Um novo estudo mostra que se forem adotadas medidas para compensar o passivo de reserva legal onde está sobrando mata dentro do mesmo Estado e bioma, o tamanho da área a ser recuperada cai para cerca de 18 Mha.
E mesmo nessa porção não significa que haveria necessariamente perda de produção de alimento para plantar floresta. Se áreas de pastagem pouco produtiva e que não têm aptidão para agricultura forem intensificadas, pode ser possível liberar um espaço de cerca de 15 Mha justamente para o reflorestamento.
Com as duas iniciativas, seria possível resolver cerca de 78% do problema do passivo. Pelo cálculos, somente no Mato Grosso sobrariam 3,4 Mha ocupando terras aptas. Sobram também 4 Mha de área de preservação permanente (APP), onde não cabe compensação.
Esses números, obtidos pelo Estado, são resultado de um projeto de modelagem do uso da terra no País conduzido no Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais. O trabalho buscou estimar com maior precisão a situação da malha fundiária no Brasil.
Coordenado pelo geólogo Britaldo Soares-Filho, foi encomendado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República a fim de mostrar que as perdas para a agricultura são bem menores do que têm dito os ruralistas.
"Em geral só se reclama do passivo, mas parece que ninguém lembra que há um ativo que pode ser usado para diminuir a necessidade de restauração", comenta Arnaldo Carneiro Filho, assessor científico da SAE.
Para isso funcionar, porém, é necessário criar um mecanismo financeiro para essa compensação, de modo que um fazendeiro que está devendo floresta possa pagar para o vizinho que tem além da sua cota continuar conservando sua mata "extra". "Se racionalizarmos o debate, vamos ver que não há competição entre ambiente e agricultura", diz.
"Esses números mostram que há um mito de que o ônus do código ainda seja grande. Ele já foi muito reduzido e é possível colocar a lei em prática sem impactos para agricultura brasileira hoje e no futuro", diz Soares-Filho.
Segundo o pesquisador, a restauração do restante do passivo em terras usadas pela pecuária e que são inaptas à agricultura mecanizada (por terem solos pobres, terreno com declive alto, etc) é a solução. "Obviamente a pecuária que está nos tais 15 Mha deveria ser deslocada. Mas a intensificação é a chave para isso."
Ele cita uma pesquisa sua de 2010 que mostrou ser possível restaurar cerca de 40 Mha de vegetação e ao mesmo tempo expandir áreas agrícolas em 50%, com a intensificação da pecuária de 1,1 cabeça por hectare para 1,5.
Margens de rio. O momento é estratégico porque amanhã voltam a ser votados em comissão mista do Congresso os destaques à medida provisória editada por Dilma no final de maio (mais informações nesta página). O governo se articula para que o texto não seja mais flexibilizado.
Apesar de Dilma ter vetado as possibilidades mais críticas de anistia ao desmatador, como era do interesse dos ruralistas, ela fez concessões em relação à recuperação das APPs às margens de rios, beneficiando os pequenos produtores, mas não os grandes.
Essa mudança, de acordo com os cálculos de Soares-Filho, reduziu a obrigatoriedade de recomposição de APPs em todo o Brasil em cerca de 9 Mha. Do passivo do País, o estudo mostra que cerca de 4 Mha estão em APP. Neste caso, Soares-Filho estima que no máximo metade seja ocupada por agricultura.
FONTE: ESTADÃO.

Valor de bolsas de pós-graduação cai 55% em 18 anos

Um pesquisador brasileiro de mestrado e doutorado recebe hoje uma bolsa que não chega nem à metade, em valores corrigidos, dos montantes pagos em 1994, ano em que o Plano Real foi lançado. Em valores nominais, os benefícios dos pesquisadores até que tiveram aumento, mas a diferença vem à tona quando a inflação do período é descontada.
O cálculo foi realizado pela Associação de Pós-graduandos de Engenharia Elétrica da Universidade de Campinas (Unicamp), a Apogeeu. Pelos gráficos criados pela associação, as bolsas de doutorado em 1994, por exemplo, tinham um valor equivalente a R$ 4.400. No mestrado, esse valor seria de R$ 2.900. Hoje, as bolsas de mestrado e doutorado dos órgãos federais de fomento estão fixadas bem abaixo disso: em R$ 1.350 e R$ 2.000, respectivamente. A diferença é de cerca de 55%
Para que as bolsas não sofressem os efeitos da inflação, seria necessário que os reajustes ao longo do período fossem cerca de 60% maiores do que tiveram. O reajuste dessas bolsas nunca foi sistemático. Entre 1994 e 2003, os valores ficaram estagnados. Aumentos foram registrados em 2004, 2006 e 2008. Após quatro anos congeladas, as bolsas receberam um novo reajuste neste meio de ano.
As bolsas são essenciais para os pesquisadores, que não podem - e dependendo da pesquisa, sequer conseguiriam - trabalhar além da pesquisa. Além disso, é ela que garante que estudantes permaneçam na pesquisa e não sigam para o mercado. "Se eu fosse trabalhar, o salário base na minha área é de 8,5 salários mínimos (R$ 5.280). Pedir para família ajudar é constrangedor", diz o doutorando Alan Godoy Souza Mello, de 27 anos, diretor da Apogeeu.
Os pós-graduandos se baseiam no cumprimento do Plano Nacional de Pós-graduação feito em 2005, que previa um aumento de 50% nos valores das bolsas daquele ano. Corrigidos, são R$ 1.870 para mestrado e R$ 2.771 para doutorado. "Mas nossa reivindicação nem chega a isso, ela se baseia no cálculo a partir de 2010." (Mais informações nesta página.)
Prioridades. Mello ressalta a maior dificuldade em áreas como a engenharia. "O País está com dificuldade de preencher o número adequado de engenheiros para garantir o desenvolvimento, Não tem nem para o ensino superior, quanto mais para garantir a inovação. Um dos fatores é o valor das bolsas", diz ele, que realiza sua pesquisa na Unicamp na área de inteligência artificial. "A gente sabe que várias categorias estão pedindo reajustes, mas não dá para falar que houve ganho real em todos esses anos."
FONTE: ESTADÃO.
O Brasil formou 47 mil mestres e doutores em 2009, totalizando 176 mil titulados no País. Isso corresponde a 0,07% da população brasileira. Para alcançar as proporções dos países desenvolvidos seria necessário, no mínimo, multiplicar esse número por cinco, segundo a própria Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Na área de engenharia, a situação é ainda mais complexa. Calcula-se que o Brasil tenha um déficit de no mínimo 20 mil engenheiros. O número de matriculados em cursos de pós-graduação em engenharia não passa de 15%.
O presidente substituto da Capes, Livio Amaral, diz que existem estudos que mostram o quanto é crítica a dependência das áreas de engenharia e tecnologia para manter o crescimento econômico, mas ressalta que não há planos específicos. "Este cenário crítico é válido tanto para a graduação como para a pós, mas no momento não existem planos de aumento diferenciado nos valor das bolsas."
Sem política. O País, por meio da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tem aumentado substancialmente o número de bolsas concedidas - elas cresceram mais de cinco vezes desde 1994. O aumento dos valores das bolsas, no entanto, depende dos orçamentos anuais e não há uma política que fixe reajuste.
Livio Amaral defende que as bolsas "não devem ser consideradas como salários, mas sim como investimento público na formação de recursos humanos qualificados". O investimento é bem-vindo, mas não tem sido suficiente para garantir o que o País precisa.

domingo, 26 de agosto de 2012

Ação em Brasília busca conscientizar que Lei Maria da Penha também se aplica a casos de violência contra lésbicas


Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Organizações sociais promoveram hoje (26) a 8ª Ação Lésbica do Distrito Federal para conscientizar as mulheres a respeito da Lei Maria da Penha. O lema da ação, que ocorre anualmente desde 2005, é "Lesbofobia é Violência contra as Mulheres". Em agosto, comemora-se o mês da visibilidade lésbica.
A manifestação ocorreu durante todo o dia, tendo começando por volta das 10h, com uma concentração na Asa Sul. No período da tarde, foi realizado um debate sobre como anda o tratamento da violência contra lésbicas no âmbito de instituições públicas, como em delegacias, na Justiça e nos disque-atendimentos.
Até de noite, haverá atividades como uma marcha até o Museu Nacional, no Eixo Monumental, próximo à Catedral de Brasília, e shows de artistas da cidade – como os DJs Enator, Tashy, HolyBitches e Pati Merenda.
A organização da manifestação não tem estimativas de quantas pessoas compareceram ou ainda devem comparecer ao evento. A Agência Brasil verificou a presença de cerca de 60 pessoas durante a concentração, pouco antes do início da marcha, por volta das 17h.
Durante o evento, foram distribuídas cartilhas informativas da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e do Ministério Público, contendo orientações contra a violência e sobre os direitos das mulheres. De acordo com uma das organizadoras da ação, a lésbica autônoma Guaia Monteiro, 24 anos, é necessário questionar o escopo e a aplicação da Lei Maria da Penha para casos de violência entre mulheres lésbicas.
Em 2001, foram registrados 31 casos e, em 2012, 68 – quantidade considerada baixa. Para Guaia Monteiro, a violência existe, mas não é registrada como tal.
Segundo pesquisa realizada pela organização não governamental (ONG) Coturno de Vênus – Associação Lésbica Feminista de Brasília, constatou-se que, no Distrito Federal, 59% das mais de 2 mil pessoas entrevistadas alegaram não saber que a Lei Maria da Penha também deve ser aplicada em casos de violência contra lésbicas e mulheres bissexuais.
“Acontece a mesma coisa que acontecia antes dessa lei [Maria da Penha], quando havia violência doméstica entre casais heterossexuais. Deve-se haver uma forma de registrar esse tipo de violência, de adequar o tratamento dado pela Justiça e de alertar para o fato de que as lésbicas também têm o direito de ser atendidas segundo essa lei”, disse a organizadora.
A questão foi tratada em debate realizado durante o evento, com a participação do secretário de Direitos Humanos do DF, Gustavo Bernardes; da diretora da Coturno de Vênus, Melissa Navarro; e da coordenadora da Central de Atendimento à Mulher (o Disque 180), Clarissa Carvalho.
Também no evento, ficou disponível um trailer do Programa Quero Fazer, do Ministério da Saúde, financiado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), em que serão feitos testes de HIV gratuitamente. O resultado sai em 15 minutos e é sigiloso. A equipe do Quero Fazer ainda tira dúvidas sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST) e formas de prevenção. Hoje, foram realizados 80 atendimentos.
Edição: Lana Cristina
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

Três mil empregos de nível superior devem ser criados na área tecnológica com o pré-sal

Rio de Janeiro – O setor de petróleo e gás deve continuar abrindo novos empregos no Brasil a cada ano, seja por meio de concursos públicos da Petrobras ou nas empresas privadas que vão participar dos projetos na camada do pré-sal, como avalia o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro. 
“A perspectiva é que, somando os setores público e privado, a gente deve ter pelo menos 2 mil a 3 mil empregos nos próximos dois anos a três anos na área tecnológica, que envolve engenheiros e geólogos.” Segundo Guerreiro, a maior parte da mão de obra para atender à demanda do pré-sal será encontrada dentro do próprio país, “porque aumentou muito o ritmo de formação de engenheiros.”
Até uma década atrás o nível de abandono em profissões da área tecnológica era elevado, sobretudo da engenharia. “Chegava a 50% e, em casos extremos, até 60% ou mais." Agora, como as perspectivas em relação ao futuro são boas, sinalizando bons empregos e salários, o índice de evasão caiu para 20% ou 25%, que é o de países de primeiro mundo, explicou Guerreiro.
Já para o professor do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da  Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), Ricardo Cabral de Azevedo, o número de profissionais necessários para atender aos projetos do pré-sal  é elevado e exigirá a importação de mão de obra estrangeira.
“Está tendo um verdadeiro apagão de profissionais da área, devido à demanda muito grande.”  O curso de engenharia de petróleo da Poli-USP está quintuplicando o número de vagas este ano. “E mesmo assim a gente sabe que não vai conseguir atender ao mercado”, disse Azevedo.
Embora não exista um estudo em relação à demanda de mão de obra para a área de petróleo e gás, os alunos que estão se formando têm propostas de emprego antes de terminarem a graduação, segundo o coordenador do curso de Petróleo e Gás da Universidade Federal Fluminense (UFF), Geraldo Ferreira.
Várias empresas do setor estão procurando estreitar contatos com as universidades para, por meio de convênios, terem acesso mais rápido e facilitado à mão de obra que está se formando. “Isso para a área de petróleo em  geral. E, como o pré-sal a gente ainda está estudando, ampliando, eu acho que a demanda vai ser cada vez maior”, disse Ferreira.
Sarah Tabosa Henrique, aluna do curso de engenharia de petróleo da UFF, disse que ao prestar vestibular sua ideia era encontrar um curso que fosse do seu interesse e que, ao mesmo tempo, garantisse um bom emprego ao se formar.
“Sabemos que há demanda por profissionais e que eles têm remunerações e planos de carreira muito bons. Ainda faltam  dois anos pra eu me formar, mas não estou com pressa. Tenho muito o que aprender, tanto na faculdade como no estágio, e ainda pretendo publicar artigos e apresentá-los em congressos internacionais. É um ramo muito técnico e todo o conhecimento agregado é importante.”
Do mesmo modo, Raphael Huber optou pelo curso de engenharia na UFF, em 2006. “Sabia que o petróleo era uma área promissora para engenheiros. Portanto, a opção parecia boa.” Já formado, trabalha em Aracaju (SE) e acredita que o pré-sal, no momento, representa um enorme desafio.

Edição: Andréa Quintiere
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

sábado, 25 de agosto de 2012

Rosalba Ciarlini lança novo programa e diz que quer tirar o RN da lanterninha da Educação

Rosalba: "Quero tirar o RN da lanterninha da Educação"
A governadora Rosalba Ciarlini lançou na tarde de quinta-feira (23) o Sistema Integrado de Gestão da Educação (SIGEduc). O programa nasce com a meta de integrar, pela informatização, todas as escolas da rede estadual de ensino, abrangendo gestão, atividades pedagógicas e técnicas. 
Rosalba Ciarlini falou da descrença dos profissionais da Educação sempre que novos programas são lançados, mas que acredita que o SIGEduc nasceu para viver, e viver muito. 
“Precisamos saber o que anda acontecendo em nossas escolas, justamente para poder entender porque certas escolas não vão bem, ou onde o pouco que temos deve ser investido para termos melhor resultado. Quero terminar essa administração retirando o Rio Grande do Norte do posto de lanterninha da Educação no país”, disse a governadora Rosalba Ciarlini. 
A Secretaria Estadual da Educação informa que o novo sistema irá possibilitar a alunos, professores, gestores e familiares, o acesso aos recursos e as informações da Escola. Por esse novo sistema, segundo a SEEC, o aluno fará sua matrícula, acompanhará suas notas, frequências e conteúdos curriculares, receberá comunicados, e poderá interagir com outros alunos da turma e com os professores. 
O novo sistema é fruto de parceria do Governo do RN com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Ministério da Educação. 

Biblioteca Professor Américo de Oliveira Costa promove Semana de Arte e Cultura na Zona Norte


 Zé Saldanha homenageado pela "Américo de Oliveira Costa" (Foto: Andressa Mirela)
Por Jorge Ivan Barbosa
O Centro de Estudos e Biblioteca Escolar professor Américo de Oliveira Costa promove a 5ª Semana de Arte e Cultura. A Biblioteca Américo de Oliveira Costa está localizada no Conjunto Santarém, Zona Norte de Natal.
A Semana de Arte e Cultura foi iniciada na tarde desta terça-feira (21) e continua até a próxima sexta (24). A abertura contou com as apresentações da     Banda de Música do Centro Educacional Alferes Tiradentes, do grupo “Faz de Conta” da Biblioteca Américo de Oliveira Costa, e dos cordelistas Abaeté do Cordel, Zé Diniz, José Acaci, Geraldo Luiz e Sandoval Oliveira.
Este ano, a 5ª Semana de Arte e Cultura presta um homenagens ao folclorista Deífilo Gurgel, escritor Jorge Amado, cordelista Zé Saldanha e o rei do baião Luiz Gonzaga.
A programação constará de exposição de artes visuais, teatro, música, dança e folclore. Também haverá a inauguração da cordelteca Zé Saldanha.

Escolas devem ser indicadas até setembro para ter quadras


Até 2014, o MEC vai investir R$ 4 bilhões na construção e cobertura de quadras para atividades desportivas (foto: Arquivo da Escola Municipal Vinícius de Morais/Maracanaú (CE)  O Ministério da Educação, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tem liberado recursos para a construção de 6.116 quadras esportivas e cobertura de outras 4 mil em escolas públicas de todo o Brasil. Os gestores da rede estadual de educação têm até 29 de setembro para indicar, pela internet, as escolas públicas de educação básica que terão prioridade no repasse para as obras.

A partir de agora, podem ser indicadas escolas com menor número de alunos — mínimo de 100 matrículas. Até o primeiro semestre deste ano, somente instituições com até 500 alunos atendiam o critério de seleção para o recebimento dos recursos. Dos R$ 4 bilhões a serem investidos até 2014 na construção e cobertura de quadras, o FNDE já liberou R$ 1,14 bilhão.

A meta para este ano é liberar recursos para a construção de 1,5 mil quadras e cobertura de outras mil. O FNDE já aprovou 445 projetos de construção e outros 877 de cobertura.

A indicação das escolas deve ser feita no Sistema de Informações Integradas de Planejamento (Simec) do Ministério da Educação.

O valor médio para construir uma quadra varia de R$ 240 mil a R$ 500 mil; para a cobertura, de R$ 120 mil a R$ 240 mil. Embora o FNDE tenha um projeto-padrão, as escolas podem apresentar projetos próprios, que serão avaliados pela área técnica do órgão. “As quadras passaram a incorporar, em 2011, a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2”, explica Renilda Lima, diretora de gestão, articulação e projetos educacionais do FNDE. “Já temos mais de mil municípios atendidos em todos os estados.”

Os recursos são repassados a prefeituras e a secretarias estaduais de educação por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR).  “Até hoje, liberamos recursos para a construção e cobertura de 2.862 quadras esportivas”, diz Renilda.

Os alunos da escola pública Vinícius de Morais, no município cearense de Maracanaú, a cerca de 10 quilômetros de Fortaleza, já têm aulas na quadra, inaugurada em 16 de março último. Antes, eles praticavam esportes no espaço de lazer público ao lado da escola. “Muitas vezes, quando chegávamos lá, a quadra de vôlei de areia estava ocupada”, conta Marcos Martins, 32, estudante de letras na Universidade Federal do Ceará. De segunda a sexta-feira, ele trabalha na escola como monitor do programa Mais Educação.

“Essa quadra foi um presente para a escola e para a comunidade”, comemora a diretora Socorro Lima da Silva. Segundo ela, duas vezes por semana alunos da Escola Municipal Walmik Sampaio de Albuquerque utilizam a quadra da escola Vinícius de Morais para as aulas de educação física. “Durante a semana, de 17h às 20h, a quadra é utilizada pela comunidade, em jogos de futsal. E, nos fins de semana, é utilizada em atividades do programa Escola Aberta, como eventos religiosos”, explica.

Além das atividades esportivas, os alunos deixam as salas de aula para usar a quadra coberta em atividades de letramento e de matemática. “Temos um palco, na quadra, usado para representar leituras” diz Marcos. “Nas atividades de matemática, as crianças sentam-se no chão da quadra para aprender multiplicação em jogos de dados.”

O secretário de educação básica do Ministério da Educação, César Callegari, afirma que o MEC vem apoiando a construção de espaços de atividades físicas nas escolas públicas. “É um componente obrigatório para os anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, inclusive com profissionais qualificados”, diz. “Mas, mesmo nos anos iniciais, as vivências esportivas devem ser desenvolvidas pelas escolas para que todos os alunos participem dessas práticas.”

Assessoria de Comunicação Social


Ouça a diretora de gestão, articulação e projetos educacionais do FNDE, Renilda Lima

Ouça o secretário de educação básica do MEC, César Callegari
Palavras-chave: quadras esportivas, FNDE, Mais Educação
FONTE: PORTAL DO MEC.

Documentário retrata a história do primeiro site sobre favelas

Um documentário que conta a história do primeiro site brasileiro sobre favelas terá sua estreia nacional na próxima sexta-feira (24), às 19h, no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), no centro do Rio de Janeiro, dentro da programação da edição 2012 do Festival Visões Periféricas. Média-metragem com direção coletiva, com cerca de 30 minutos de duração, Viva Favela: Um Documentário em Construção já teve uma primeira exibição em outubro do ano passado, no festival Films from the South (Filmes do Sul), realizado em Oslo, na Noruega.
Há onze anos na internet, o site www.vivafavela.com.br surgiu como projeto de inclusão digital da organização não governamental Viva Rio, a partir de um questionamento sobre a cobertura das favelas e da periferia feita pela mídia. O projeto tem como marca registrada os correspondentes comunitários, que contam em seu processo de capacitação para a produção de conteúdo com o suporte de jornalistas profissionais.
Ao longo de sua existência, o site acompanhou a evolução tecnológica da mídia digital e ampliou o seu raio de ação para além da periferia carioca, tendo hoje com colaboradores de todo o Brasil. A cada bimestre, o Viva Favela produz uma revista que aborda temas do universo das comunidades, como drogas, meio ambiente e empreendedorismo.
“O Viva Favela atua hoje como um projeto 2.0 , em que os colaboradores, sejam moradores de favelas ou não, podem se cadastrar no site e produzir conteúdo com sua perspectiva particular sobre o universo das favelas”, explica o coordenador editoral do Viva Favela, Viktor Chagas. Segundo ele, a ideia de levar para as telas o resultado dessa experiência pioneira surgiu a partir de uma série de oficinas realizadas no ano passado, na comemoração dos dez anos do Viva Favela.
“O documentário é fruto dessa realização coletiva e por isto, nos créditos, a gente tem uma lista extensa de colaboradores”, diz o coordenador do site. A lista vai dos fundadores do projeto aos dez correspondentes comunitários atuais, passando por jornalistas da chamada “grande imprensa” e pesquisadores da cultura digital e contemporânea.
Segundo Chagas, a intenção é de que o documentário seja disponibilizado dentro de alguns meses como a primeira atração da Web TV do Viva Favela, atualmente em processo de criação. Também serão exibidos no festival três vídeos da série Periferias Musicais, fruto de uma oficina de produção audiovisual para Web documentários do site.
O Visões Periféricas, aberto no último dia 18, vai até sábado (25). O festival tem como objetivo mostrar e promover uma reflexão sobre a produção cultural audiovisual das periferias. São mais de cem produções em exibição nas cinco mostras competitivas, como curtas com até três minutos, produções de países ibero-americanos e filmes brasileiros com até 30 minutos de duração.
As sessões são gratuitas e realizadas no Centro Cultural Justiça Federal, no Oi Futuro de Ipanema, no Instituto Cervantes, em Botafogo, e nas comunidades de Babilônia, Cantagalo, Santa Marta e Vila Parque da Cidade. Os endereços e programação completa podem ser conferidos no site www.visoesperifericas.org.br/2012 .
Edição: Fábio Massalli
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

Dilma vai vetar artigo da Lei de Cotas para que Enem seja principal critério de seleção, diz Mercadante

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff vai vetar parte do projeto de lei que regulamenta o sistema de cotas raciais e sociais para universidades federais de todo o país. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que se reuniu hoje (22) com a presidenta, o Artigo 2º do texto, que trata da seleção dos estudantes, será vetado. Dilma tem até o dia 29 de agosto para sancionar a nova lei.
Pelo texto aprovado pelo Congresso, a seleção dos estudantes que terão direito a ingressar nas universidades federais pelo sistema de cotas raciais e sociais será feita com base no Coeficiente de Rendimento (CR), obtido a partir da média aritmética das notas do aluno no Ensino Médio. Com o veto a esse trecho, o governo quer garantir que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja a ferramenta para definir o preenchimento da vagas destinadas às cotas.
“Vai ter o veto do Artigo 2º, que é o acesso. O acesso se faz pelo Enem. A regra republicana do Brasil é o Enem. Os alunos já optaram pelo Enem”, disse o ministro.
O projeto de lei aprovado pelo Senado, no começo deste mês, prevê que as universidades públicas federais e os institutos técnicos federais em todo o país reservem, no mínimo, 50% das vagas para estudantes negros, pardos ou indígenas, ou que tenham estudado em escolas da rede pública.
  FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

MEC reafirma que está encerrada a negociação com professores

Brasília - O Ministério da Educação (MEC) reafirmou hoje (24), por meio de nota, que as negociações com os professores das instituições federais de ensino estão encerradas.
A presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Marinalva Oliveira, protocolou, ontem (23), pedido de reabertura das negociações. Foi ao MEC e ao Ministério do Planejamento. Hoje, protocolou o mesmo documento na Presidência da República.
Na resposta, o MEC afirma que o acordo assinado com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa parte dos professores, "busca a valorização da dedicação exclusiva e da titulação dos docentes".
De acordo com a nota, as entidades que não aderiram ao acordo - Andes-SN e Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) - podem fazê-lo a qualquer momento. A oferta do governo prevê reajuste mínimo de 25% e máximo de 40% para os professores.
  FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ensino Médio Inovador chega a 2 mil escolas

Ocimara Balmant e Paulo Sandaña
Quase 2 mil escolas do País já aderiram ao programa Ensino Médio Inovador, do Ministério da Educação (MEC), que prevê investimentos federais, ampliação da jornada e reestruturação dos currículos. A estimativa de investimento para 2012 é de R$ 105 milhões nessas escolas.
De acordo com a legislação, são os Estados os responsáveis por essa etapa da educação na rede pública. Por isso, o programa nasceu com o objetivo de induzir a reestruturação dos curriculares de acordo com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do ensino médio. Na época, o texto já estava sendo debatido no Conselho Nacional de Educação e viria a ser aprovado pelos conselheiros em maio de 2011
.
Em 2009, o projeto piloto foi iniciado em 355 escolas. O programa foi ampliado este ano para mais 1.641 escolas, chegando a 1.996 unidades em 24 Estados, mais o Distrito Federal. Ao todo, são 1,7 milhão de alunos.
O programa também prevê a ampliação do tempo dos estudantes na escola. A proposta incentiva que a direção das unidades busque alternativas próprias de melhoria. A previsão é atender mais 4 mil escolas em 2013.
Em seis Estados
Pará, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí e São Paulo -, o programa está sendo implementado a partir deste ano em parceria com o Jovem do Futuro, projeto do Instituto Unibanco. Neles, a previsão é de que haja 100% de adesão das escolas até 2014. "Nossa parceria pressupõe um compromisso do Estado de perseguir um crescimento considerável no Ideb", explica Wanda Engel, superintendente-executiva do instituto. "Não dá para continuar estagnado", afirma.
O empurrão para essa melhoria no aprendizado será consequência, diz Wanda, de uma escola mais atrativa. "Isso só acontecerá se tivermos um currículo flexível, com disciplinas optativas que contemplem interesses diversos." Os resultados são esperados no próximo Ideb, em 2013.
Na Escola Estadual Renato de Arruda Penteado, da zona norte de São Paulo, a primeira visita da equipe técnica já animou os estudantes. Eles foram convidados a falar das disciplinas prediletas, do que os motiva, de problemas e sonhos "A partir dessa conversa até o comportamento dos alunos mudou. Eles já fazem planos de como será mais estimulante o tempo de estudo", diz Edson de Novaes, coordenador de ensino médio da escola, que tem mais de 800 alunos no ensino médio.
Autonomia
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Educação, José Fernandes de Lima, o programa vai de encontro aos princípios da nova diretriz, principalmente ao apostar na autonomia da escola. "O programa está sendo discutido em vários Estados e provocando um bom debate, principalmente em torno da ampliação da carga horária. Ajuda o fato de ter recursos."
Lima foi relator da novas diretrizes, que dividem o ensino em quatro grandes áreas: Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Linguagens. "Dentro das áreas estão as disciplinas, mas não falamos em disciplinas, tem de ter flexibilidade. Acreditamos no projeto pedagógico das escolas."
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que norteia todo o sistema de ensino, também não define disciplinas obrigatórias - com exceção de língua estrangeira. Leis ordinária de 2008 incluiu Filosofia e Sociologia como obrigatórias. "Se tiver de fazer discussão de mudanças nessas obrigatoriedades, não é com o Conselho ou MEC, é com o Congresso." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Empresa que vai administrar unidades aprova o regimento

A edição desta quarta-feira, 22, do Diário Oficial da União publica o regimento interno da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal criada para administrar os hospitais universitários federais. Conforme prevê o estatuto social da empresa, o regimento foi aprovado pelo Conselho de Administração.

O documento define, entre outros itens, a estrutura de governança da sede e das unidades hospitalares administradas pela empresa, as atribuições dos órgãos de administração e fiscalização e a forma de celebração dos contratos de adesão entre as universidades federais e a Ebserh. Em sua estrutura organizacional, a empresa conta com Diretoria Executiva, Conselho de Administração e Conselho Consultivo. O Conselho Fiscal e a auditoria interna atuam como órgãos de fiscalização.

Vinculada ao Ministério da Educação, a Ebserh foi criada em 2011 para modernizar a gestão das unidades. Instituições federais de ensino superior podem contratar a empresa para administrar os hospitais-escola a elas vinculados. Entre as ações previstas a partir da contratação está a recomposição da força de trabalho dos hospitais por meio de concursos públicos e de admissão de pessoal sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A Portaria da Ebserh nº 34, do dia 21 último, que divulga o regimento interno da empresa, foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 22, Seção 1, página 10

Assessoria de Imprensa da Ebserh
FONTE: PORTAL DO MEC.

PNE deverá ir a plenário na Câmara para novo debate sobre meta de investimento em educação

Brasília – O Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado por unanimidade em junho pela comissão especial que analisou a matéria, deverá ir ao plenário da Câmara. Um recurso de autoria do líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP) para que o projeto seja votado no plenário da Casa antes de seguir para o Senado já conta com a assinatura de 122 parlamentares – o mínimo para que o requerimento seja apreciado são 51 deputados.
O PNE estabelece 20 metas educacionais que o país deverá atingir no prazo de dez anos. A principal delas, alvo de muita polêmica durante a longa tramitação do projeto, é a que estabelece um patamar mínimo de investimento em educação – atualmente o Brasil aplica 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB) na área. O governo defendia um índice de 7,5% do PIB, mas os deputados da comissão especial aprovaram a meta de 10% do PIB.
As 122 assinaturas estão sendo conferidas pela Mesa da Câmara porque pode haver divergências ou duplicatas. Há ainda a possibilidade de parlamentares retirarem o apoio ao recurso. Se for atingido o mínimo de 51 deputados, o requerimento precisa ser aprovado no plenário. Caso seja aprovado, todos os 513 deputados deverão analisar e votar o projeto antes que ele possa seguir para o Senado.
De acordo com a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, que articulou a aprovação do recurso, o objetivo de levar o PNE a plenário é fazer com que o debate seja ampliado já que o tema é importante “e envolve muitos recursos” para ser discutido apenas por uma comissão especial com 16 deputados. A SRI questiona o fato de que o PNE não aponta de onde virão os novos recursos que vão bancar a ampliação do investimento e esse tópico precisa ser mais discutido.
O último PNE esteve em vigência entre 2001 e 2010. Atualmente o país não tem um plano em vigor, já que o texto do novo PNE foi enviado para a Câmara em dezembro de 2010 e só aprovado em junho de 2012. Para a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, uma das entidades da sociedade civil que participou de forma mais ativa da tramitação do plano, a ida do projeto ao plenário é uma “irresponsabilidade” dos deputados porque atrasa ainda mais a implantação das estratégias e o cumprimento das metas.
“A maior parte dos deputados assinaram sem conhecer a matéria, isso é uma irresponsabilidade comum no Congresso Nacional, o parlamentar assinar um requerimento a pedido do governo sem nem ler. Aqueles que mantiverem o apoio ao recurso terão seus nomes divulgados como parlamentares que protelaram a aprovação de um projeto que foi discutido por todos os partidos e aprovado por unanimidade”, criticou o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.
Para Cara, caso o projeto vá a plenário não apenas a questão do financiamento pode ser mudada, mas também outros pontos do plano que foram negociados e debatidos com a sociedade civil na comissão especial. A entidade irá tentar dissuadir os deputados para que o requerimento não seja aprovado."Levar o PNE ao plenário é atrasar os rumos da educação para milhões de brasileiros".
  FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

Governo defende 100% dos royalties do petróleo para educação

Brasília - O governo decidiu jogar para o Congresso a responsabilidade de garantir o cumprimento da meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), que direciona as políticas para a área nos próximos dez anos. A única saída, de acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, é direcionar 100% dos royalties do petróleo ainda não divididos, incluindo os do pré-sal, e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para investimentos em educação, propostas que tramitam no Congresso.
“No Orçamento, o dinheiro só entra se tiver definida uma fonte. Como dificilmente o Congresso vai aprovar aumento de impostos para poder garantir esse aumento de recursos para educação e, como não temos margem para tirar de outras áreas, o melhor caminho é encontrar uma fonte viável e que aumente cada vez mais a receita. O governo só vê uma fonte que realmente viabilize essa trajetória: os royalties do petróleo e do pré-sal, não daquilo que já foi dividido, e pelo menos metade do fundo de partilha, para financiar a educação", disse hoje (22) após reunião com a presidenta Dilma Rousseff e entidades estudantis.
Segundo Mercadante, o governo vai mobilizar a base aliada para aprovar as duas propostas e discutir a questão com governadores e prefeitos de municípios que recebem ou receberão dinheiro do petróleo. “Vamos defender com bastante convicção que todos os royalties do petróleo e pelo menos metade do Fundo Social do Pré-Sal sejam canalizados para educação em todos os níveis. Vamos dialogar com governadores, prefeitos, com as lideranças partidárias. Eu não sou mais líder do governo, mas vou atuar quase como um nessa questão. Vou me empenhar muito para aprovar [a proposta]”, disse.
Aprovado em julho por uma comissão especial, o PNE já previa os investimentos do pré-sal em educação, mas só agora a vinculação dos recursos ganhou apoio explícito do governo. O requerimento que a base governista apresentou para que o texto passe pelo plenário da Câmara antes de seguir para o Senado, foi, segundo Mercadante, uma tentativa de garantir o debate sobre as fontes de recursos para cumprir as metas do plano.
De acordo com o ministro, não haverá tentativas de reduzir o percentual de investimentos para menos de 10% do PIB. "O debate que o governo quer é este: quais sãos a fontes, de que lugar virá o dinheiro, porque senão estamos aprovando metas que não têm como se viabilizar. Queremos que os 10% sejam uma referência, mas não basta definir uma meta se não tem os instrumentos”, disse.
Mesmo sem a conta oficial de quanto dinheiro a exploração do petróleo da camada pré-sal deve render ao país, Mercadante calcula que o volume será suficiente para incrementar radicalmente os investimentos em educação feitos pelo país. “Se as reservas são o que elas prometem ser, e o preço do petróleo continuar evoluindo historicamente, teremos recursos muito importantes para mudar definitivamente a educação”, avaliou.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, que participou de audiência com o ministro e com a presidenta Dilma Rousseff disse que a entidade está “satisfeita” com a disposição do governo em garantir a vinculação dos recursos do petróleo para investimentos em educação. “Os recursos do pré-sal não estão rubricados. Concentrar em educação é a melhor maneira de investir”.
Apesar do apoio, a UNE promete se mobilizar para evitar que o PNE tenha que passar pelo plenário e está tentando convencer parlamentares a retirar assinaturas do requerimento que levou à mudança na tramitação. A votação está prevista para o dia 19 de setembro. 
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

Melhora da escolaridade do brasileiro diminuiu informalidade no trabalho, aponta FGV

Rio de Janeiro – A melhora da escolaridade dos brasileiros levou à queda na informalidade do trabalho entre 2002 e 2009, aliada ao bom momento econômico da década passada e a políticas públicas de geração de emprego e renda. A conclusão faz parte da pesquisa Evolução Recente da Informalidade no Brasil, dos pesquisadores Fernando Holanda Barbosa Filho e Rodrigo Leandro de Moura, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).
A taxa de informalidade que chegou a 43,6% em 2002 caiu para 37,4% em 2009, uma diminuição de 6,2 pontos percentuais, segundo o trabalho da FGV, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.
A falta de formalização nas relações de trabalho, que se traduz principalmente pela ausência de registro em carteira, é inversamente proporcional ao grau de escolaridade: quanto mais anos de estudo, maior a formalização. Segundo a pesquisa, houve queda na informalidade em todas as camadas educacionais.
Com até três anos de estudo, 62,8% dos trabalhadores eram informais em 2002, passando para 59,1% em 2009. Entre os que têm ensino médio completo e superior incompleto, com 11 a 14 anos de estudo, a taxa de informalidade era 28,7% em 2002 e caiu para 24,7% em 2009. Já os detentores de diploma universitário, com mais de 15 anos de estudo, registravam 26,1% de informalidade em 2002, número que diminuiu para 23,4% em 2009.
Para o pesquisador Rodrigo Moura, existe uma relação direta entre mais anos de estudo e exigência profissional, tanto pelo trabalhador como pelo empregador. “O trabalhador com maior escolaridade aceita menos um contrato informal de trabalho. Quem tem maior nível educacional tem maior poder de barganha”, disse.
Apesar das variáveis econômicas e políticas não estarem explícitas no levantamento da FGV, o pesquisador reconheceu que também devem ser levados em conta o bom momento vividos pelo país e o mundo na maior parte da década passada, bem como a adoção de políticas públicas de geração de emprego e renda, facilitando a contratação. Outro dado relevante foi o incentivo federal ao ingresso nas universidades públicas, com a expansão das vagas.
A pesquisa pode ser acessada na íntegra no endereço http://portalibre.fgv.br/.

MEC quer substituir Prova Brasil pelo Enem na avaliação do ensino médio


Brasília – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou hoje (21) que a pasta vai mudar a forma de avaliar a qualidade do ensino médio. A proposta é substituir a Prova Brasil, avaliação que compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O argumento do ministro é que apenas 69 mil estudantes em um universo de 8 milhões participam da Prova Brasil, enquanto o Enem é quase censitário. A mudança já valeria para 2013.
Mercadante se reuniu com os secretários de Educação dos estados e, segundo ele, é unânime entre os dirigentes a necessidade de usar o Enem como parâmetro da qualidade. Os resultados do Ideb de 2011, anunciados na semana passada, mostraram uma quase estagnação em relação a 2009 e uma piora da qualidade do ensino em alguns estados.
No entanto, se forem consideradas as notas do Enem obtidas por alunos da rede pública, há uma evolução. Em português, a média dos alunos da rede pública cresceu de 477,9 pontos para 503,7 pontos entre 2009 e 2011. Em matemática a evolução foi de 477,1 pontos para 492,9 pontos no mesmo período de comparação.
O ministro negou que a intenção seja mudar o indicador para melhorar o resultado. Para ele, os resultados do Enem são mais fidedignos porque a amostra de participantes é maior e os alunos fazem a prova com mais comprometimento, já que podem usar os resultados do Enem para ingressar em um curso superior.
Para o ministro a motivação é a grande explicação para a diferença de resultados entre Ideb e Enem. “O Enem se consolidou e é ele que deve realmente avaliar a qualidade do ensino médio. Quando mostro o Enem, a proficiência em português e matemática evoluiu muito positivamente”, defendeu.
O MEC encomendou ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep) um estudo para que, na mudança de metodologia, não se perca a série histórica que já existe com a Prova Brasil e que permite comparar a evolução da qualidade e o cumprimento ou não das metas de melhoria.
Para o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, a mudança não tenta “minimizar o problema que existe no ensino médio”. Segundo argumenta, “não é maquiagem, de fato nós temos problemas no ensino médio”.
Edição: Davi Oliveira // Título alterado às 18h55, para melhor caracterizar a mudança de metodologia
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

Dia do Folclore




Podemos chamar de folclore aquilo que é fantasia, invenção de um povo, onde são envolvidas suas tradições, costumes e lendas.
São as manifestações populares que podem aparecer em festas, alimentos, remédios, crenças, superstições, danças, contos populares, provérbios, adivinhações, apelidos, artigos de artesanato, brincadeiras infantis, dentre várias outras.
Esses elementos folclóricos são transmitidos de pai para filho, de geração a geração, sem que se percam ao longo do tempo. Variam de região para região, de grupo social, de etnia.
A palavra folclore é derivada das palavras “folk e lore”, que significam povo e conhecimento, respectivamente.
O surgimento da data se deu através do arqueólogo inglês William John Thoms, onde o mesmo resolveu fazer um estudo sobre as tradições e lendas do seu país, solicitando apoio a uma revista de Londres.
Para isso, William não usou seu nome, mas o pseudônimo de Ambrose Merton, pois temia não ser entendido. A revista publicou a carta no dia 22 de agosto de 1846, motivo pelo qual foi escolhido como o dia do folclore.
O folclore brasileiro se originou através da mistura de diferentes raças, como dos índios, dos negros e dos brancos que colonizaram nossa terra. A mistura dos conhecimentos de cada uma dessas raças foi sendo transmitida para a outra, formando nossa identidade cultural.
Os personagens folclóricos mais conhecidos da nossa cultura são: o Curupira, o homenzinho que vive nas florestas, tem os pés voltados para trás, cabelo vermelho e que protege a natureza dos homens que tentam destruí-la; o Saci-Pererê, negrinho de uma perna só, que usa uma carapuça vermelha e fuma cachimbo, faz travessuras, esconde objetos, entra em redemoinhos e também assusta pessoas que tentam destruir as florestas; o Boto é uma espécie de peixe que se transforma em homem, para encartar as moças, levando-as para morar com ele nos rios do Amazonas; e a mula-sem-cabeça, uma mulher que fez tanto mal que a própria natureza a fez soltar fogo pelo pescoço, como castigo.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

22 de agosto Dia do Folclore



O que é Folclore?
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil.
Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem a festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Notas do Ideb já podem ser consultadas na internet

Brasília – Já está disponível no site do Ministério da Educação (MEC) o sistema de consulta aos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011. Na página, é possível consultar a nota de cada escola, da rede de ensino, dos municípios e estados, além de comparar a nota atual com a de anos anteriores e verificar se as metas de melhoria da educação foram atingidas.
O indicador, que é calculado a cada dois anos, estabelece uma nota de 0 a 10 para cada escola, rede de ensino, município e estado, além da média nacional que, em 2011, foi 5 pontos para os anos iniciais do ensino fundamental.
Se nos anos iniciais houve crescimento de 0,4 ponto, nos anos finais a melhora é mais lenta – a nota passou de 4 pontos em 2009 para 4,1 em 2011. No caso do ensino médio, a situação é mais grave: na média nacional, a meta de 3,7 pontos foi atingida, mas nove estados pioraram seu desempenho em relação a 2009.
O Ideb atribui uma nota diferente para três etapas da educação básica: anos iniciais (1º ao 5º ano) e anos finais (6º ao 9º ano) do ensino fundamental e ensino médio. Todos os entes federados e escolas têm metas a serem cumpridas até 2022, bicentenário da Independência do Brasil.
Edição: Lana Cristina
FONT: AGÊNCIA BRASIL.

Ensino médio piora em nove estados, aponta Ideb


Brasília – Se os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011 indicam melhora na qualidade nos primeiros anos do ensino fundamental, os resultados não são animadores no ensino médio. Entre 2009 e 2011, o Ideb do ensino médio subiu apenas 0,1 ponto, passando de 3,6 para 3,7. A meta nacional esperada para o período foi atingida, mas em nove estados o índice piorou em relação à edição anterior.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, argumentou que “internacionalmente” o ensino médio continua sendo um “grande desafio” para qualquer sistema educacional. Ele defendeu que o currículo da etapa precisa ser reformulado porque é muito sobrecarregado. Em algumas redes de ensino, o total de disciplinas chega a 19. “É uma sobrecarga muito grande que não contribui para você ter foco nas disciplinas essenciais, como língua portuguesa, matemática e ciências”, disse.
Outro problema do ensino médio, segundo Mercadante, é a falta de professores com formação específica para algumas áreas, como matemática e ciências, além da alta concentração de matrículas no turno noturno – 30% dos jovens do ensino médio estudam à noite.
Vera Masagão, coordenadora-geral da organização não governamental Ação Educativa, aponta que o ensino médio é um nível subfinanciado. “A gente precisa de um investimento muito forte em qualidade e não é à toa que a matrícula também está aquém, poderia haver muito mais jovens matriculados no ensino médio que estão fora da escola”, disse.
Mercadante não quis comentar os resultados dos estados que tiveram Ideb inferior ao registrado em 2009. “Uma mesma região tem estados e cidades que evoluíram muito mais que outros. Há especificidades, a gestão na ponta. O professor na sala de aula, o diretor da escola, o secretário municipal. Vamos olhar essa informação e tentar tirar lições para avançar”, disse. O ministro aposta que a educação em tempo integral pode ser uma “grande resposta” para melhorar a qualidade do ensino.
Confira as notas dos estados no ensino médio:
Rondônia
Ideb 2009: 3,7 pontos
Ideb 2011: 3,7 pontos
Meta 2011: 3,5 pontos
Acre
Ideb 2009: 3,5 pontos
Ideb 2011: 3,4 pontos
Meta 2011: 3,5 pontos
Amazonas
Ideb 2009: 3,3 pontos
Ideb 2011: 3,5 pontos
Meta 2011: 2,7 pontos
Roraima
Ideb 2009: 3,4 pontos
Ideb 2011: 3,6 pontos
Meta 2011: 3,8 pontos
Pará
Ideb 2009: 3,1 pontos
Ideb 2011: 2,8 pontos
Meta 2011: 3,1 pontos
Amapá
Ideb 2009: 3,1 pontos
Ideb 2011: 3,1 pontos
Meta 2011: 3,2 pontos
Tocantins
Ideb 2009: 3,4 pontos
Ideb 2011: 3,6 pontos
Meta 2011: 3,4 pontos
Maranhão
Ideb 2009: 3,2 pontos
Ideb 2011: 3,1 pontos
Meta 2011: 3 pontos
Piauí
Ideb 2009: 3 pontos
Ideb 2011: 3,2 pontos
Meta 2011: 3,2 pontos
Ceará
Ideb 2009: 3,6 pontos
Ideb 2011: 3,7 pontos
Meta 2011: 3,6 pontos
Rio Grande do Norte
Ideb 2009: 3,1 pontos
Ideb 2011: 3,1 pontos
Meta 2011: 3,2 pontos
Paraíba
Ideb 2009: 3,4 pontos
Ideb 2011: 3,3 pontos
Meta 2011: 3,3 pontos
Pernambuco
Ideb 2009: 3,3 pontos
Ideb 2011: 3,4 pontos
Meta 2011: 3,3 pontos
Alagoas
Ideb 2009: 3,1 pontos
Ideb 2011: 2,9 pontos
Meta 2011: 3,3 pontos
Sergipe
Ideb 2009: 3,2 pontos
Ideb 2011: 3,2 pontos
Meta 2011: 3,6 ponto
Bahia
Ideb 2009: 3,3 pontos
Ideb 2011: 3,2 pontos
Meta 2011: 3,2 pontos
Minas Gerais
Ideb 2009: 3,9 pontos
Ideb 2011: 3,9 pontos
Meta 2011: 4,1 pontos
Espírito Santo
Ideb 2009: 3,8 pontos
Ideb 2011: 3,6 pontos
Meta 2011: 4,1 pontos
Rio de Janeiro
Ideb 2009: 3,3 pontos
Ideb 2011: 3,7 pontos
Meta 2011: 3,6 pontos
São Paulo
Ideb 2009: 3,9 pontos
Ideb 2011: 4,1 pontos
Meta 2011: 3,9 pontos
Paraná
Ideb 2009: 4,2 pontos
Ideb 2011: 4 pontos
Meta 2011: 3,9 pontos
Santa Catarina
Ideb 2009: 4,1 pontos
Ideb 2011: 4,3 pontos
Meta 2011: 4,1 pontos
Rio Grande do Sul
Ideb 2009: 3,9 pontos
Ideb 2011: 3,7 pontos
Meta 2011: 4 pontos
Mato Grosso do Sul
Ideb 2009: 3,8 pontos
Ideb 2011: 3,8 pontos
Meta 2011: 3,6 pontos
Mato Grosso
Ideb 2009: 3,2 pontos
Ideb 2011: 3,3 pontos
Meta 2011: 3,4 pontos
Goiás
Ideb 2009: 3,4 pontos
Ideb 2011: 3,8 pontos
Meta 2011: 3,5 pontos
Distrito Federal
Ideb 2009: 3,8 pontos
Ideb 2011: 3,8 pontos
Meta 2011: 3,9 pontos
Edição: Carolina Pimentel
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

A pior escola do Brasil nunca teve um professor de Matemática



Escola desfila em Lagoa de Pedras
A Escola Estadual João Tomás Neto, classificada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) como a pior do Brasil, continua rendendo informações que surpreendem gestores públicos desavisados e revoltam os cidadãos que contribuem permanentemente com seus impostos.

Em 36 anos de existência, a Escola Estadual João Tomás Neto, localizada no município de Lagoa de Pedras, nunca teve professor de Matemática em suas salas de aula. No ano de 2011, quando foi feita a avaliação do IDEB, a escola atuava com carência de 11 professores.

E o que fazia a Escola, pertencente à rede estadual de ensino, para sanar o problema da inexistência de um professor de Matemática?

Usava estagiários e professores de outras disciplinas e de pedagogia no lugar do professor de Matemática.

No quesito reprovação, a Escola Estadual João Tomás Neto também não deixa a desejar. Reprovar é com ela mesma. No ano passado reprovou, nas turmas do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental, 29,2% dos alunos.

Em entrevista ao jornal Diário de Natal, a diretora da escola, professora Rosineide Sena, diz que os índices do IDEB servem para mostrar ao país o descaso com que a Educação tem sido tratada no Rio Grande do Norte. “Não se admite que crianças e adolescentes terminem o Ensino Fundamental sem nunca terem conhecido um professor de Matemática”, declarou Rosineide Sena.



Novo currículo do ensino médio poderá ser inspirado no Enem

Brasília – Após a divulgação dos resultados insuficientes das escolas de ensino médio na última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o Ministério da Educação (MEC) planeja uma modernização do currículo, propondo a integração das diversas disciplinas em grandes áreas. A inspiração deverá vir do próprio Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que organiza as matrizes curriculares em quatro grandes grupos: linguagens, matemática, ciências humanas e da natureza. Essa é a divisão que segue a prova, diferentemente do modelo tradicional por disciplinas como química, português, matemática e biologia.
O debate não é novo: no ano passado, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as novas diretrizes curriculares do ensino médio que propõem uma flexibilização do formato atual. O diagnóstico é que o currículo do ensino médio é muito inchado – em média são 13 disciplinas – o que, na avaliação do secretário de Educação Básica do MEC, César Callegari, prejudica a aprendizagem. “O Enem é uma referência importante, mas não é o currículo, ele avalia o currículo. Mas ele traz novidades que têm sido bem assimiladas pelas escolas”, diz o secretário.
De acordo com Callegari, a ideia é propor uma complementação às diretrizes aprovadas pelo CNE, organizando as diferentes disciplinas em grandes áreas. “O que tem que ficar claro é que não estamos propondo a eliminação de disciplinas, mas a integração articulada dos componentes curriculares do ensino médio nas quatro áreas do conhecimento em vez do fracionamento que ocorre hoje”, explica.
Na próxima semana, o ministro Aloizio Mercadante se reúne com os secretários de Educação com o objetivo de discutir os caminhos para articular a mudança. Uma providência já foi tomada para induzir essa modernização dos currículos. Segundo Callegari, a próxima compra de livros didáticos para o ensino médio dará prioridade a obras que estejam organizadas nesse formato. O edital já está sendo preparado. O MEC tem um programa que distribui os livros para todas as escolas e a próxima remessa será para o ano letivo de 2015 – as obras são renovadas a cada três anos.
Para o secretário de Educação do Espírito Santo, Klinger Barbosa Alves, uma das explicações para os maus resultados da etapa em diferentes indicadores, além do Ideb, está na própria estrutura organizacional do ensino médio que se baseia na preparação para o vestibular e tem pouca atratividade para o projeto de vida do adolescente.
“A visão de que o ensino médio serve para formar pessoas para ingressar na universidade não se aplica à realidade de muitos. Os jovens têm necessidades econômicas e sociais diferentes. Existe uma pressão para que parte dos jovens ingresse no mercado de trabalho e aí o curso superior entra como uma segunda possibilidade” explica Alves, que é vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed).
O secretário do Espírito Santo, um dos estados em que a nota do Ideb caiu de 2009 para 2011, defende um modelo de ensino médio que dialogue com as diferentes necessidades dos estudantes e inclua também a preparação para o mundo do trabalho, já que para muitos o ingresso na universidade pode não estar na lista de prioridades.
Para que a escola possa abranger essa formação diversificada - que inclua a aprendizagem dos componentes curriculares, a articulação com o mundo do trabalho e a formação cidadã –, Callegari defende que é indispensável a ampliação do número de horas que o estudante permanece na escola, caminhando para o modelo de tempo integral.
“Temos consciência de que os conteúdos e as habilidades que os estudantes precisam desenvolver não cabem mais em um formato estreito de três ou quatro horas de aula por dia. É assim [com ensino em tempo integral] que os países com um bom nível de qualidade do ensino fazem”, diz.
Edição: Graça Adjuto
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

Em todo o país, 32 mil escolas públicas têm ensino integral

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff destacou hoje (20) que o Programa de Ensino Integral Mais Escola oferece educação em dois turnos em 32 mil escolas públicas de todo o país, sendo que em quase 18 mil delas a maioria dos alunos é beneficiário do Bolsa Família.
“Nosso objetivo é ampliar o tempo de estudo da criança e do jovem na escola, com maior acompanhamento dos professores e assim, ao mesmo tempo, estamos assegurando acesso à alimentação de qualidade e ao esporte”, disse.
No programa semanal de rádio Café com a Presidenta, ela explicou que, no turno complementar às aulas, os alunos têm acompanhamento pedagógico, sobretudo em áreas como português e matemática. A escola oferece ainda atividades como música e esportes, que ajudam na concentração e na disciplina dos estudantes.
Dilma comentou também os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), apresentados na semana passada. Segundo ela, os números mostram que o aprendizado no país melhorou em escolas com ensino integral.
“Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Brasil teve nota 5 no Ideb, superando a meta de 2011 e também a de 2013. Nós tivemos bons resultados também nos anos finais do ensino fundamental – o Ideb atingiu 4,1, também acima da meta para 2011”, destacou.
A presidenta avaliou, entretanto, que é preciso fazer “um grande esforço” em relação ao ensino médio brasileiro. A estratégia, segundo ela, deve ser baseada na implementação do ensino integral nas escolas e na melhoria dos currículos.
Edição: Juliana Andrade
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.

domingo, 19 de agosto de 2012

Prêmio de Gestão Escolar 2012 e resultado de melhor IDEB das escolas de Natal RN.

A Escola Estadual Presidente Kennedy é Destaque em Gestão Escolar, conquistando em 2012 o primeiro lugar no Estado do Rio Grande do Norte e irá concorrer ao Diploma "Destaque Brasil". Durante o evento, a Secretaria de Educação também divulgou o resultado do Prêmio de Gestão Escolar 2012, e a Escola Estadual Presidente Kennedy foi agraciada com uma comenda de melhor gestão do Estado. Esse ano, mais de 260 escolas se inscreveram para participar, se contrapondo ao número de 50 inscritas no ano passado. Os gestores tiveram que envolver a comunidade em uma avaliação da realidade escolar, realizando um diagnóstico das condições de ensino oferecidas pela escola e traçando um plano de ação. A escola vencedora nesta etapa 2012 foi a Escola Estadual Presidente Kennedy. Natal RN, tendo como diretora Maria Gorete Nobre Silva que fará uma viage
m de intercâmbio cultural aos Estados Unidos da América.
SOBRE O IDEB
Os índices pedagógicos da escola têm mostrado uma crescente melhoria no rendimento escolar dos alunos. Nos últimos três anos a escola tem sustentado um percentual elevado de aprovação, tem zerado a taxa de abandono e reduzido significativamente a reprovação. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), em 2009 alcançou a nota 5.3, atingindo no referido ano a meta estabelecida pelo MEC para 2021. Em 2011 a escola mais uma vez supera a média nacional conquistando o 1º lugar entre as escolas públicas de Natal.
A referida estatística evidencia que as ações coletivas desenvolvidas pela escola têm contribuído para a permanência com sucesso dos alunos, bem como para o cumprimento da finalidade maior da escola enquanto instituição social que é assegurar a aprendizagem do aluno. Vários aspectos foram essenciais para tornar a escola eficaz. Dentre esses aspectos destaca-se o compromisso de todos com a construção de uma escola verdadeiramente cidadã, a implementação, a avaliação e reconstrução coletiva do Projeto Político Pedagógico, a atualização e reorganização de um currículo formal articulado ao real, do fortalecimento permanente entre escola e comunidade, trabalho com projetos sintonizado com a proposta pedagógica da escola, usos de estratégias diversificadas e atuação efetiva dos colegiados.

FONTE: GORETE NOBRE.


 

sábado, 18 de agosto de 2012

Ex-presidente do Inep diz que principal objetivo do Ideb é mobilizar sociedade

Brasília – Nesta semana, o Ministério da Educação (MEC) divulgou os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, indicador que mede a qualidade do ensino no país. Para cada escola, rede de ensino, município e estado é atribuída uma nota de 0 a 10. De posse desses resultados, agora é hora de os gestores analisarem aquilo que o Ideb indica e buscar soluções para superar problemas na qualidade da oferta.
Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), acredita que o principal objetivo do Ideb é a mobilização da sociedade. “É preciso que as escolas e os pais tenham uma ideia do retrato da qualidade do ensino. É preciso que a escola olhe esses número, compare com outras e reflita. E os pais perguntem por que aquela escola vai bem ou não”, defende Fernandes, que foi o responsável pela criação do indicador em 2005.
Uma das recomendações é que a escola compare o resultado obtido com outras unidades da mesma rede que recebem um público semelhante. Também é importante verificar se as metas de melhoria da qualidade foram atingidas. O Ideb atribui uma nota diferente para três etapas da educação básica: anos iniciais (1º ao 5º) e anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental e ensino médio. Todos os entes federados e escolas têm metas a serem cumpridas até 2022, bicentenário da Independência do Brasil.
“Nós temos um sistema de educação descentralizado, ou seja, a oferta é feita por mais de 5 mil redes, se eu não tenho um critério de aferição de resultados que seja comparável, as escolas correm o risco de ficar isoladas. A comparação é importante porque nenhuma medida faz sentido sem uma referência”, explica Reynaldo.
Outra tarefa importante para as escolas é aprender a “ler” os resultados do indicador. O Ideb é calculado a partir da taxa de aprovação e do desempenho dos alunos na Prova Brasil, avaliação aplicada pelo Inep a cada dois anos. É a partir dessas informações que o indicador é calculado e os dados também devem ser observados isoladamente. Assim, a rede de ensino ou escola pode identificar se o problema é de fluxo ou de aprendizagem – ou a combinação de ambos.
Fernandes ressalta que o Ideb é apenas um dos vários instrumentos possíveis para avaliar a qualidade. Ele critica o ranqueamento das escolas a partir das notas e recomenda que os gestores comparem seus resultados com outras unidades e redes que atendam a um perfil de alunos semelhante.
“Por isso é importante a divulgação de todas as escolas para você ter essa referência e não para fazer como se fosse um campeonato em que quem chega em primeiro lugar ganha um troféu, como se fosse uma corrida de Fórmula 1”, aponta. Os resultados do Ideb estão disponíveis para consulta no site do MEC.
Edição: Graça Adjuto
FONTE: AGÊNCIA BRASIL.