segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Escola deve construir cultura de respeito à diversidade, diz ministro


Mercadante, com os vencedores do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos: “Somos um país marcado pela pluralidade” (foto: Letícia Verdi/MEC)O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou nesta segunda-feira, 17, o papel da escola no combate ao preconceito e como espaço de promoção da cultura de paz e respeito ao próximo. Ele participou, com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, da entrega do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos, terceira edição.


“Somos um país marcado pela pluralidade”, disse Mercadante. “Nossa constituição histórica se deu por múltiplas vertentes. Quando a identidade é construída com a exclusão do outro, ela é a raiz da violência.”

De acordo com o ministro, a escola deve combater essa visão. “Precisa construir uma cultura de respeito à diversidade, à pluralidade, a todas as formas e dimensões de ouvir, conhecer, ter interesse pelo que o outro traz em sua bagagem e em sua história”, salientou.

Dos mais de 200 trabalhos inscritos, foram selecionados nove vencedores, em quatro categorias, além de uma menção honrosa. Um deles foi o de Antônio Marcos Lima de Oliveira, que ganhou o primeiro lugar na categoria voltada para desenvolvimento de projetos de direitos humanos nas escolas públicas e particulares do país.

O professor Antônio Marcos Oliveira recebeu do ministro Aloizio Mercadante o prêmio pelo projeto de programa de rádio no interior cearense, produzido com os alunos, em que são debatidos temas como alcoolismo, exploração sexual, trabalho infantil e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (foto: Letícia Verdi/MEC)Professor na escola pública Deputado Joaquim de Figueiredo Correia, no município de Iracema, Ceará, Oliveira desenvolveu o programa de rádio Palavra Jovem: a Voz da Cidadania. Com duração de 30 minutos, o programa, produzido pelos alunos com ajuda dos professores, vai ao ar todas as terças-feiras. Nele são debatidos temas como alcoolismo, exploração sexual, trabalho infantil e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, entre outros.
“Em algumas cidades do interior brasileiro, não há jornal local, nem televisão, nem universidade para fazer o trabalho de extensão”, observou o professor. “Cabe muitas vezes às escolas fazer esse papel, trabalhar com os alunos e suas famílias.”

Valores — A premiação é considerada importante mecanismo de fortalecimento de práticas educacionais que promovam a construção de uma cultura universal dos direitos humanos. Ela foi concebida como bienal para permitir, entre uma edição e outra, a troca de experiências e a reflexão sobre os projetos premiados. Uma forma de contribuir para a consolidação de uma sociedade que afirme valores como liberdade, justiça, igualdade, solidariedade, tolerância e paz.

O prêmio distingue projetos de instituições educacionais e órgãos gestores da educação nos estados e municípios. Podem participar instituições públicas e particulares de educação básica e superior, secretarias estaduais e municipais de educação e instituições de educação não formal. O projeto também pode ser desenvolvido em parceria com organizações não governamentais, sindicatos, igrejas, agremiações, associações, movimentos sociais, entidades civis, empresas públicas e particulares. Nesta terceira edição, os primeiros colocados foram premiados com R$ 15 mil; os segundos, com R$ 5 mil.

O Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos é uma iniciativa da Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), em parceria com o Ministério da Educação e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, com o patrocínio e a execução da Fundação SM.

Paula Filizola
 FONTE: PORTAL DO MEC.

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