sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Viva o Kennedy


Que bom exemplo dá ao Rio Grande do Norte a Escola Estadual Presidente Kennedy, que acaba de ser premiada entre as seis melhores do país em gestão escolar, láurea oferecida pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação, uma entidade, segundo consta, digna de respeito. O feito merece registro porque não é todo dia que descobre-se uma ilha de excelência em meio ao combalido ensino público.
Melhor, porém, do que qualquer rapapé saudando a eficiência do colégio é as autoridades do setor e os profissionais que trabalham com educação mergulharem sobre o trabalho desenvolvido na Escola Kennedy, que funciona junto ao instituto, tradicional centro formador de docentes, para tentar, disseminando, repetir o sucesso da experiência.
Para se ter ideia, a escola estadual partiu de um Ideb 2,6 em 2005, abaixo das metas estaduais e nacionais, para 6 em 2012, quando foi apontada como a melhor avaliada na capital potiguar.
A pontuação alcançada neste ano no Ideb, caso fossem mantidos o ritmo e a tendência observados em 2005, só seria obtida em 2021, de acordo com projeção feita na época pelo Ministério da Educação. Assim é possível ter a dimensão de como os processos avançaram até que fosse conseguido o sucesso atual.
Ao NOVO JORNAL, em reportagem publicada domingo passado, a diretora Maria Gorete Nobre Silva informou algumas das receitas que aplicou em seu método de administrar, às quais atribui o sucesso de sua gestão. Entre elas, a destacar, o envolvimento das famílias dos alunos, aí entendendo, segundo sinalizou, que a natureza do aprendizado extrapola, em muito, os limites do colégio.
Há, ainda, reforço escolar, programas como o de incentivo à leitura e planejamento constante. No próximo ano, por exemplo, dentro desse planejamento, deve ser adotado o tempo integral.
Portanto, num momento em que a educação pública vive, ao menos num caso particular, uma situação completamente adversa, com o quadro de decadência do Atheneu, o exemplo da Escola Kennedy traz um alento: o de que nem tudo está perdido nesta área.
O ensino bancado pelo poder público não está fadado ao fracasso. Os problemas são inúmeros, bem verdade, a maioria dos quais conhecidos, e todos eles concorrem para os resultados insuficientes.
O que as forças que militam na educação precisam fazer é empreender esforços no sentido de ampliar, o mais possível, exemplos como o do Kennedy. Conseguirão eliminando todos os fatores negativos que hoje imperam no ensino público. A boa notícia – é este o principal mérito da conquista do colégio potiguar – é que há saídas para melhorar o hoje enfraquecido ensino bancado pelo estado.
 http://novojornal.jor.br/blog/2012/11/14/editorial-viva-o-kennedy/

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