quinta-feira, 13 de março de 2014

Avaliações educacionais devem promover a qualidade do ensino

As avaliações educacionais devem ser um instrumento para a melhoria da qualidade do ensino, a partir da apropriação dos resultados e da aplicação pedagógica pela escola. Essa ideia foi consenso entre os participantes da mesa redonda que encerrou o Seminário Internacional Devolutivas das Avaliações de Larga Escala, realizado na quarta-feira, 12, na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília.
O presidente do Inep e mediador do debate, Chico Soares, apontou que não há dúvida de que a Prova Brasil fala de qualidade e gera dados que permitem apontar indicadores de aprendizado no ensino fundamental. “O desafio, hoje, é que a Prova Brasil avance em direção à escola, ou seja, que os resultados tenham aplicação pedagógica”, afirmou, lembrando que outros desafios foram vencidos, como a aplicação do exame de forma censitária para todas as escolas com mais de 20 alunos.
Para o professor Lorin W. Anderson, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), a troca de experiências entre diferentes culturas pode colaborar para modelos duradouros de avaliação. “Uma vez que se adote uma direção, não se perde o alvo de vista, que é a qualidade. Temos de nos mover, juntos, nos aspectos que nos unem, para chegarmos ao sistema educacional que queremos”, disse.
“O aluno é o propósito moral e está no coração do trabalho de avaliação. Queremos que cada escola seja maravilhosa e que cada criança seja um excelente aluno. Para isso, temos de chegar à escola, à sala de aula, interagir”, destacou o representante da Education Quality and Accountability Office de Ontário (Canadá), Bruce Rodrigues, que, antes de participar da mesa redonda, também proferiu palestra sobre a experiência de Ontário, a mais populosa província daquele país, com 13,5 milhões de habitantes, com as avaliações de larga escala.
O professor Jesús Miguel Jornet Meliá, da Universidade de Valença (Espanha), acentuou que é importante que haja o desenho de um currículo único, porque, dessa forma, é possível traçar metas, melhorar o ensino e a avaliação. “O desafio é obtermos padrões contextualizados que tenham condições de responder a diferentes situações das regiões e das escolas”, explicou.
O Seminário Internacional Devolutivas das Avaliações de Larga Escala foi promovido pelo Inep, em parceria com o movimento Todos Pela Educação e a Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave). 
Assessoria de Comunicação Social do Inep

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