segunda-feira, 26 de maio de 2014

Trabalho em telessala resulta em produção de filme sobre Lampião


O filme tem cenas de ação, romance e um toque de humor
O filme tem cenas de ação, romance e um toque de humor
Autor: Arquivo da professora
  •  O filme, A Revolta de Lampião, foi feito utilizando um telefone celular
  • O projeto foi desenvolvido com muita determinação e força de vontade

A professora Irene Maria de Medeiros é adepta das teleaulas. Na Escola Estadual Capitão-Mor Galvão, no município potiguar de Currais Novos, ela é orientadora do ambiente da telessala, que considera importante e capaz, em combinação com outros espaços, de ampliar as possibilidades de aprendizagem.
“A telessala, aliada ao projeto TV Escola-Multidisciplinar, pode ser, cada vez mais, um ponto de partida e de chegada”, diz Irene. “Nesse espaço, que defendo como um ambiente estimulador, pois adota as mídias de forma construtiva, atendo alunos do terceiro ano do ensino médio noturno diferenciado, com projetos interdisciplinares”, explica.
Na metodologia de telessala são combinados diversos recursos didáticos para favorecer a aprendizagem. O grupo de estudantes é conduzido por um orientador, responsável pela organização do ambiente e pelo desenvolvimento da aula. A telessala é, assim, um ambiente de aprendizagem, de investigação, pesquisa, construção e criatividade, com o apoio de equipamentos eletrônicos. “Educar com novas tecnologias é um desafio, mas podemos fazer adaptações”, destaca a professora, com conhecimento de causa. Seu projeto, O Prazer de Educar na Arte do Fazer Cinema, que usa como ferramenta um telefone celular, foi um dos vencedores da sétima edição do Prêmio Professores do Brasil em 2013, na subcategoria Educação Digital Articulada ao Desenvolvimento do Currículo.
“Apresentar ao aluno a linguagem do cinema usando um simples celular serve de alerta a nós, professores”, enfatiza. “Precisamos aprender a gerenciar vários espaços integrados de forma aberta, equilibrada e inovadora, pois só assim avançaremos de verdade e poderemos falar de qualidade na educação, onde a tecnologia seja um apoio facilitador da aprendizagem humanizadora.”
Cinema — Segundo Irene, só com muita determinação e força de vontade foi possível desenvolver o projeto. “E a interação entre a família e a escola foi crucial”, destaca. O projeto contou com algumas parcerias e com o apoio da Secretaria de Educação do Rio Grande do Norte. “A escola nos apoiou em todos os momentos, sempre aprovando as ideias e colocando, na medida do possível, materiais disponíveis para a execução das filmagens”, afirma.
Como o propósito da professora era orientar os alunos sobre a linguagem do cinema, ela aproveitou o que eles tinham em mente para, a partir daí, orientá-los na criação do roteiro. O filme, A Revolta de Lampião, tem cenas de ação, romance e um toque de humor. O personagem principal é Virgulino Ferreira da Silva, cangaceiro nordestino, conhecido como Lampião [1898-1938].
Parte do filme foi realizada em Povoado da Cruz, localidade próxima. Os estudantes foram muito bem recebidos pelos moradores. “Algumas cenas precisaram ser gravadas até 15 vezes, sob o sol. Mas o resultado final ficou maravilhoso”, avalia a professora. Este ano, ela dará sequência ao projeto, com novo assunto. Por ser ano eleitoral, ela enfocará o tema Democracia e Cidadania: meu Voto Consciente. Para tanto, pediu a participação de professores de filosofia, sociologia, língua portuguesa e história. “O projeto vai ser de grande significado para a instituição de ensino e para o aprendizado dos nossos alunos”, diz.
Irene entende que cada educador deve escolher a mídia educacional que melhor se encaixa em sua disciplina e em seu cotidiano a fim de tornar a sala de aula um ambiente interativo e prático, que busque a relação entre o aprender e o ensinar. Pedagoga e pós-graduada em tecnologias em educação, ela atua no magistério há 32 anos. (Fátima Schenini)
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/

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